segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Literatura nas férias.

 

É através da leitura que as pessoas têm oportunidade de aprender a pensar e até a sonhar. A pessoa que desenvolve o gosto pela leitura está abrindo uma grande porta para experiências de vida onde a criação do autor pode ser desfrutada a qualquer hora, em qualquer lugar e quantas vezes quiser. Esta criação é compartilhada através do tempo e se torna imortal.

A leitura dá acesso ao conhecimento. Muitos assuntos importantes são abordados através da linguagem lúdica das histórias infantis.

Este mesmo encantamento ocorre com as crianças ao ler ou ouvir uma história. Quando a criança se identifica com a mensagem transmitida por uma história, ela a escuta inúmeras vezes com a mesma atenção e interesse.

O contar histórias exerce uma magia no indivíduo estimulando-o a ler. Este estímulo o colocará em contato com diversos gêneros de leitura como os contos, crônicas, fábulas, lendas, parábolas, poemas, prosas e outros estimulando o gosto pela leitura em sua vida, propiciando-o ser um multiplicador de conteúdos.

Saber contar histórias é ter criatividade para dar vida aos personagens. É criar um ambiente de encantamento, de suspense ou mesmo de emoção. É fazer a pessoa viajar através das palavras e se sentir parte da história. O ser humano sempre adorou contar histórias. O hábito de contar histórias, de contar lendas, é milenar tendo origem antes mesmo da escrita a qual eram passadas de geração para geração através da fala onde cada um dava seu toque pessoal.

O conto de fadas, desde os seus primórdios, e sabe-se que “Cinderela” já era contada na China no século IX d.C, teve sempre a preocupação de enfatizar a discriminação social, a luta pelo poder, o “conseguir” num “vale tudo”, bem como a presença da maldade, dos maus tratos aos frágeis como crianças e menos afortunados, em suas buscas incansáveis e na solidão do abandono e da rejeição.

Mas também atravessou séculos exaltando valores essenciais ao ser humano como o amor, a solidariedade, a justiça, a compreensão e o bem como vencedor.

A linguagem simbólica que envolve personagens e enredos acaba agindo no inconsciente das crianças vindo a auxiliar na resolução de conflitos internos tão normais na infância. O maniqueísmo envolvendo os personagens, tanto para o bem quanto para o mal, facilita a compreensão da criança no que diz respeito aos valores básicos para uma vida equilibrada em sociedade.

A intenção é justamente esta, de levar a criança a se identificar com o herói que é bom. Este sentimento trará uma sensação de segurança e proteção contribuindo para que a criança adquira o equilíbrio quando adulto.

As histórias infantis tiveram sempre por finalidade a união do lúdico com o pedagógico.

Existem muitos recursos que ao serem utilizados nas aulas de literatura, roda de leitura e outros, facilitam a imaginação criadora do aluno resultando diretamente na produção de texto. Um destes recursos é a teatralização o qual jogar com a voz faz imaginar a presença de diferentes personagens; alterá-la diante dos diversos estados emocionais provoca a sensação de tristeza, de dor ou de alegria. Os gestos caracterizam cada personagem. O fundo musical, o cenário, os efeitos sonoros e muitos outros atributos podem ser usados na representação de uma história literária. Enfim, todos os recursos são válidos para que se desenvolva na criança o gosto pela leitura. E se o adulto ainda não o desenvolveu, sempre é tempo.

Aproveite as férias para criar o momento da história com seus filhos. Vocês podem contar e eles também. Vai ser muito divertido!

Seus filhos estão na pré-adolescência? Ótima oportunidade de compartilhar leitura. Já imaginou que delícia pais e filhos lerem, ao mesmo tempo, o mesmo livro? Que sintonia! Quanta troca poderá haver no comentar e discutir o livro? Eu já realizei esta experiência com meus filhos e posso dizer que foi muito gostoso e enriquecedor

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Férias na casa da vovó



Que os pais (pai e mãe) trabalham fora é uma realidade e que os filhos normalmente passam o dia inteiro na escola com atividades diferenciadas além do curso regular também faz parte da vivência da maioria das famílias brasileiras. E como resolver onde os filhos ficarão nas férias quando os pais não conseguem conciliar suas férias do trabalho com as escolares. Sendo bem otimista, pelo menos 50% dos pais não conseguem coincidir.
Assim sendo, uma boa opção é a casa dos avós. Os avós que levam uma vida pacata e cheia de rotina nada melhor do que a vinda dos netos para encher a casa de alegria. Os avós esperam muito por esta oportunidade, principalmente, se moram  em cidade diferente da dos netos.
Nos primeiros dias os pais sentem um aperto no coração por saber que os filhos estão distantes, porém devem aproveitar a oportunidade para curtir a “vida a dois” momento raro, praticamente inexistente, quando se tem filho.
A certeza de que os filhos estão sendo muito bem tratados e eles estão tendo a oportunidade de aproveitar a presença dos avós (não há nada mais gostoso do que a casa, o colo, os quitutes da avó) dá uma sensação de conforto.
Porém, alguns combinados devem ser seguidos (e lá venho eu com os combinados):
No período de férias a rotina deve ser amenizada, porém alguns limites devem ser indicados para que eles não tenham a sensação de que podem tudo na casa da vovó.
O caminhar junto (comportamento dos pais e comportamento dos avós)  é muito importante, principalmente, para o momento do retorno das férias.
A tão famosa frase “os pais educam e os avós deseducam” não deve ser colocada em prática, pois “Quem Ama, Educa”, já diz Içami Tiba, seja pai, mãe, avô, avó, tio, tia….
 Sugestão do que e como deve ficar combinado:
Até pode, mas com moderação:
- comer guloseimas
- deitar fora do horário
- andar descalço
- tomar banho só na hora de ir dormir
- brincar com lama
- ficar na piscina
- não comer arroz e feijão (os meus tinham este trato de não comer nas férias rsss)

Não pode de jeito algum:
- assistir programas de adultos na televisão
- comer só guloseimas
- ficar sem passar protetor solar
- ficar na piscina das 12h às 14h embaixo de Sol forte
- esquecer as regras de boa educação
- fazer birra
- brigar com os irmãos ou primos
E tantas outras regras que são particulares de cada família.
Vale a pena a experiência. É bom para os avós que terão a oportunidade de aproveitar os netinhos, é bom para os netos que terão a oportunidade de serem “paparicados” pelos avós e é bom para o casal que precisa de um tempo para dedicar-se um ao outro.
Então, boas férias!