segunda-feira, 20 de junho de 2011


Leia com atenção...  

COMO ENSINAR UMA CRIANÇA COM TDAH

EDUCAR É UMA TAREFA QUE EXIGE MUITA PACIÊNCIA, DEDICAÇÃO, AFETO E TREINAMENTO.
Existem algumas dicas de grande valia para serem utilizadas com os portadores na hora da aprendizagem:
· A PREPARAÇÃO DO AMBIENTE DE ESTUDO É MUITO IMPORTANTE. Deve-se evitar um lugar barulhento, com ruídos e o entra e sai de pessoas.
· Para estabelecer um bom vínculo, olhe nos olhos e ouça o que o portador tem a dizer.
· Repita várias vezes as regras de forma clara e objetiva, sem um tom de cobrança. Peça-o para repetir o que entendeu sobre o que acabou de ouvir.
· O uso de marcadores de texto, gráficos, figuras, jogos têm um papel importante no processo de aprendizagem do portador de TDAH.
· Estimule a participação do portador em tarefas variadas, pedindo que faça pequenos favores como dar um recado ou buscar um objeto em outro lugar.
· Freqüentemente elogie os avanços no processo de aprendizagem, encorajando-o a continuar.
· Quando perceber o portador se dispersando, aproxime-se dele, toque-o nos ombros, olhe-o nos olhos, altere o seu tom de voz e mude seus gestos.
· Na sala de aula o portador deve sentar-se próximo à professora, para que esta possa destinar-lhe a atenção necessária sem causar-lhe constrangimento.
Qualquer que seja a abordagem pedagógica adotada pela escola no processo ensino-aprendizagem deverá sempre ser usada uma metodologia que considere o aluno como um ser único, com características próprias, habilidades e dificuldades ímpares e que possa construir a sua aprendizagem sendo atendido em suas necessidades individuais.








HIPERATIVIDADE e DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDAH)

O QUE É A HIPERATIVIDADE?

A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras.
Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da "dificuldade de aprendizado", essa criança é geralmente muito inteligente. Sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser frustrada, desanimada e envergonhada. Ela sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa.
Toda criança hiperativa traz consigo o Déficit de Atenção, mas nem toda criança com Déficit de Atenção é necessariamente hiperativa.
Algumas características:
· Freqüentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão em atividades escolares, de trabalho ou outras;
· Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
· Com freqüência parece não ouvir quando lhe dirigem a atenção;
· E facilmente distraído por estímulos externos alheios às tarefas;
· Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na carteira;
· Freqüentemente abandona sua carteira na sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
· Fala em demasia;
· Está freqüentemente a ‘mil’ ou muitas vezes age como se estivesse a ‘todo vapor’.

O diagnóstico da Hiperatividade é médico. Feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada a um psicopedagogo e conforme o caso também a um psicólogo.




DISLEXIA
Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social.
Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...
Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – lêem com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também geralmente soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população.
A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais, professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio de mal-comportamento dentro e fora da sala de aula. Portanto, pais e educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma criança é disléxica - e não preguiçosa, pouco inteligente ou mal-comportada.
Algumas características:
Dificuldades com a linguagem e escrita;
Dificuldades em escrever;
Dificuldades com a ortografia;
Lentidão na aprendizagem da leitura;
Haverá muitas vezes:
disgrafia (letra feia);
discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada;
Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;
Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas;
Dificuldades para compreender textos escritos;
Dificuldades em aprender uma segunda língua.

Haverá às vezes:
· Dificuldades com a linguagem falada;
· Dificuldade com a percepção espacial;
· Confusão entre direita e esquerda.


SÍNDROME DO X FRÁGIL

A síndrome do X Frágil é uma condição genética herdada, produzida pela presença de uma alteração molecular ou mesmo de uma quebra na cadeia do cromossomo x, no ponto denominado q27.3 ou q28. Condição esta associada a problemas de aprendizagem, bem como a diversos graus de deficiência mental.
A doença é muito mais freqüente em meninos que em meninas, e é provável que a causa da deficiência mental produzida por essa doença seja devido à carência de uma proteína chamada FMR1.

Os sinais da Síndrome do X Frágil são diferentes entre portadores homens e mulheres, assim como é diferente a freqüência dessa ocorrência entre os dois sexos. Nos homens temos as seguintes características:
· Retardo no aparecimento da linguagem;
· Problemas de atenção;
Instabilidade de conduta;
Sintomas de autismo, como por exemplo, respostas bizarras aos estímulos, resistência a mudanças, apegos a objetos inanimados;
Personalidade retraída;
Pobre contato visual, indiferença interpessoal e atos repetitivos retardo;
Comer unhas, desde muito cedo;
Hipotonia (flacidez muscular)
Retardo intelectual
Convulsões em 20% dos casos

Alguns autores têm observado que é freqüente encontrar meninas com a Síndrome, mas clinicamente quase normais, sendo a causa de maior queixa nas consultas, as dificuldades de aprendizagem e também os problemas de conduta.
As características mais freqüentes nas meninas são:

Déficit no desenvolvimento da linguagem;
Se existe linguagem, estão presentes alterações da fala;
Sintomas semelhantes ao autismo

Muitas crianças portadoras de Síndrome do X Frágil apresentam alterações da fala e da linguagem. A maioria das crianças não consegue elaborar frases curtas antes dos dois e meio anos de idade.As alterações comuns da fala são: fala muito rápida, ritmo desordenado, volume de voz alto, dificuldade na relação temporal.
Possuem boa capacidade imitativa de sons, têm bom senso de humor e fazem uso freqüente de frases automáticas.
O aprendizado dos portadores da Síndrome do X Frágil dá-se através da estimulação visual, sendo desejável que se utilize também à terapia psicomotora e da fala, bem como todos os recursos da pedagogia e psicopedagogia especializada.
A maioria dos sintomas comportamentais, como por exemplo, a hiperatividade, ansiedade e comportamento obsessivo, respondem bem ao tratamento.

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